sábado, 4 de junho de 2011

Gincana > entrevista (tarefa 1)


Entrevistado: 
Prof. Dr. Ricardo Lehtonen R. de Souza

Algumas informações:
Trabalha na Universidade Federal do Paraná, Vice-Coordenador, Programa de Pós-Graduação em Genética.
Tem Mestrado e Doutorado em Genética
Trabalha com Genética Humana, na linha de pesquisa Genes de Interesse Clínico, com projetos que envolvem doenças como diabetes, obesidade, câncer, Alzheimer e displasias ectodérmicas.



Entrevista

1- O que te fez escolher a genética humana como um projeto de vida?
Eu gostava de genética desde o ensino médio e, durante a graduação, fui fazer estágio no depto de Genética, especificamente em genética humana e gostei muito e por isso resolvi continuar nessa área.

2- Se algumas pessoas da minha família têm ou tiveram a diabetes, eu tenho um alto risco de ter a doença?
Sim, no caso da diabetes tipo 1, cujo risco na população geral é de cerca de 1 em 300, o risco passa para 1 em 14 se tiver um irmão afetado.

3- Existe algum tipo de diferença no organismo do efeito da diabetes adquirida da genética?
O diabetes tem componentes genéticos e ambientais, então é difícil separar essas duas coisas.

4- Se uma pessoa tem o mal de Alzheimer casa com outra que não é afetada pela doença, existe uma probabilidade de nascer um filho dos dois com o gene da doença?

Primeira coisa, não existem genes de doenças, todo mundo tem todos os genes. As pessoas tem alelos diferentes que podem predispor à doenças. No caso do Alzheimer, existem muitos genes candidatos e também fatores ambientais envolvidos. No entanto, como existe um componente genético, existe uma probabilidade do filho herdar alelos que predispõe a doença.

5- Há boatos que o colesterol influência no mal de Alzheimer, se isso for possível, como isso acontece?
O alelo E4 da ApoE está relacionado com Alzheimer e trabalhos mostram que há uma degradação preferencial de apoE4 em relação à apoE3 nos astrócitos, sugerindo que esta degradação poderia estar levando a uma redução do transporte do colesterol para os neurônios, afetando assim o reparo e manutenção com perda de plasticidade.


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